quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Hidropoconias




Quando eu vi o tumulto, me assustei
E corri procurando alguma fala
Não me venha com seu troco de bala
Eu recebo a moeda que paguei
Outro dia, bem antes de ser Rei
Enfrentei lampião com uma laterna
Meu cachorro dormia lá na cisterma
Quando menos se espera uma sereia
Deu-lhe um osso com gosto de areia
Latiu ele e foi logo abrindo a perna

Lampião foi embora depois disso
Se alistou para ter boa vontade
Hoje velho e caduco da idade
Xeleléu, sem moral e compromisso
Candeeiro de gás é seu serviço
Dedo duro não presta pra tocar
Quem quiser que insista pra afinar
Nessas coisas de Hidropoconias
Já falava o poeta Isaias
Quando cristo aprendeu o be-á-bar!

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