domingo, 31 de janeiro de 2010

Galopeoscopia IV



Distante da serra, depois do planalto
Cansou da viagem e sonhou o retorno
Já tava sentindo o enfeite de corno
Por menos que isso fugiu do assalto
Pegou uma estrada de barro e asfalto
Comprou uma prenda para Iemanjá
No Calidoscópio tornou a falar
Pra uma platéia de surdos do Iraque
Um negro beiçudo tocava atabaque
Marcando o compasso a caminho do Mar

Naquela manhã toda lua era cheia
E um jegue dormia encostado no muro
O pajé foi no Google pra ver o futuro
No site de quengas casou a sereia
O padre sozinho, de olho na areia
Pediu ao caolho pra ele ficar
Descendo a serra viu o ceará
Danou-se a correr, foi bater no Capão
Voltava o mundo pela contramão
Contando as histórias de longe do Mar

Um comentário:

  1. E ai, Zé Limeira?

    Sou de Irecê, mas moro em goiás já pra mais de trinta anos, quando tu tava balançando nos quibas do teu pai, acredito.
    Em 71/71 levei muita fibrra de sisao aí pro coité, num 11 toco, velho quiném Noé, para uma máquina de um tal de Amilton Rios ( se não me falha a memória, o cara na época tava com uma gonorréia que não tinha cura, rsrsr).

    Rapaz, Tu tem nome e rima dum doido varrido, o sensacional e quase esquecido Zé Limeira.

    Continue e encha o céu do mundo de estrofes bonitas, como as que tu faz, porque o cu do mundo está cheio de porcarias, como estas bandas de forró estilizado, axé, breganejos e outras porcarias.
    Um abraço.

    Wélinton Alencar, Bispo da ICAS, Diocese de Trindad-GO

    ResponderExcluir